Descobri que existe uma palavra pra essa mania ridícula de expor crianças na internet: sharenting. Esse artigo científico faz uma metapesquisa no que já saiu nos periódicos sobre esse assunto. Uma coisa que me chamou atenção é que pré-adolescentes e adolescentes sabem que estão sofrendo superexposição e muitos se sentem constrangidos pelos próprios responsáveis legais. Outro exemplo horripilante é o de uma criança que contava com 17 milhões de seguidores no TikTok, muitos relacionados com abuso infantil. A página acabou descontinuada depois de pressão popular sobre a mãe, que era responsável por ela. Mas e quantas crianças seguem sendo fotografadas e expostas, ou pior ainda, exploradas financeiramente e sexualmente nessas redes? Acho uma pesquisa muito relevante.
Colocando aqui porque esse fenômeno tem a ver intimamente com a governança e sociologia da tecnologia (das redes) do século XXI.
O único problema que eu vejo com a proteção de dados é que as grandes empresas jurem de pés juntos que são as únicas capazes de proteger os dados.